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I never saw a wild thing sorry for itself. 
A bird will fall frozen dead from a bough,
without ever having felt sorry for itself. 
(DH Lawrence)



The ebb and flow of the Atlantic tides, 

the drift of the continents, 
the very position of the sun along its ecliptic. 
These are just a few of the things I control in my world.
(Uncredited)

Qual é a sua música?









Despertar

Escrito por: Isabel Mueller



Há tantos reinos no mundo que envolvem o teu ser profundo.

A coragem é mais que viagem a todos os portos que fores capaz de ancorar.

Precisas transpor outras fronteiras e distâncias.

Aprende a ser leve como o vento e olha fundo, porque o medo é só um instante num coração errante.

Goza dessa virtude de se sentir inteiro nesse novo mundo tão velho de teorias.

Destrói conveniências, sapiências ultrapassadas em confortos cristalizados, nos medos que não ousas adentrar.

Abre os braços em cotidianos abraços. Se os dedos se cansaram, é de toques que eles precisam.

Grande é o amor que tudo abarca.

São tantas as fendas, as portas, as divindades e a saudade.

Nas escolhas que se fazem e nos encontros que a geometria propõe.

O sol levanta e dorme, como tu, todos os astros e movimentos.

Tudo é preparação, malas para a viagem que não tem fim.

Não percebes a beleza que ronda o teu desacordo com o mundo?

Levas traços revoltos, mas vida são ondas que se quebram no eterno vai e vem.

Remove o pranto que o manto de teus dias escondeu.

Remove a poeira, ladeira, que se acumula, entranha. Está em teus poros, suados de defesas armadas.

Sacia a fome com os alimentos da terra, da mente e do espírito.

Entrega-te às surpresas, à vastidão, à amplidão.

À natureza, dos bens o mais precioso. Aprende a compartilhar: amor, vida, olhar.

Espalha os talentos aos ventos e seres capazes de os polinizar.

Une-te em fraternos ideais e condutas. Sem vaidades ou orgulho.

Não é de certezas a vida, mas de descobertas.

Respeita as diferenças, ciências da mesma verdade que tudo conduz.

Sente com o coração, estamos todos envoltos na mesma oração.

Encontra teu tesouro interno e oferece-o ao mundo que necessita.

Cultiva a coragem de acabar com as máscaras, pois apenas inteiro podes ir além.

Ama , surpreende, exerce a escolha. É livre o arbítrio.

Mas assume o dever, com consciência da tua parte no todo.

Com a convicção de dentro, ousa as travessias.

Não te escondas em medos e culpas. A aparente fragilidade é a grande força que tudo move.

Nos lúcidos lampejos, que chamas de coincidências, residem as revelações.

Compreende teu papel na vasta trama.

Estampa em teu peito este sol que dentro brilha.

É de fogo essa hora.

Qual fênix, renasce de tuas próprias cinzas.

Toda realidade começa num sonho.

Acorda então para dentro.

Agora anda com o tempo que nunca andou tão depressa.

Tudo é jornada.

E escolha.

Link original: http://www.isabelmueller.com.br/public/despertar.html 

Minha chave


O começo



Esse é problema, o “x” da questão, no inglês, o “catch”: A gente nunca lê o manual. Simplesmente preferimos abrir o ‘capô’ de nossas ‘máquinas divinas’[1], como bem disse André Luiz.

*Máquinas divinas... É isso que somos.*

Apertamos os botões, clicamos em dispositivos luminosos, movemos alavancas, checamos o combustível, apertamos alguns parafusos, pegamos o martelinho para desamassar uma parte e “pronto”, “voilá”: Voltamos a sermos “novinhos em folha”, “zero Km”.

Só que nem sempre o problema é na máquina física, corporal. Às vezes o problema surge do pensamento, na mente, no racional; ou então, em seu “oposto complementar”, no coração, no amor, no sentimental, no emocional. O que fazer quando a martelada não é a melhor solução?

*Usamos a chave.*

Chequem seus bolsos. Com certeza ela está lá. Servirá para você desbloquear, abrir a porta, destrancar a fechadura, o cadeado, a caixa-preta de você mesmo. Você mesmo – antes de nascer aqui na Terra – a colocou lá; guardou-a em seu bolso, o qual só você e Deus sabem e mais ninguém.

Se você não a procurar, ela continuará no mesmo lugar, inutilizada. Mas como uma chave é capaz de resolver um quebra-cabeça que nem um martelo não foi capaz de solucionar? Afinal, o que essa “tão importante” chave abre, destranca?

*O Conhecimento.*

Seja do que for: aquisição de autoconhecimento, cultura, informações confidenciais e/ou privilegiadas, relatórios de assuntos diversos, manuais, acesso a contratos firmados, avaliações, análises financeiras, o que for. Tudo está ao alcance de todos. Basta levantar e retirar o Véu.

Ofereço este livro a você, leitor, que tem sua chave e que já andou usando-a por aí, e para quem vai usá-la pela primeira vez, nunca sendo tarde para testá-la. Abordarei diversos temas, conhecimentos adquiridos durante a vida, em níveis heterogêneos de profundidade dos assuntos.

O mais interessante é instigar a curiosidade, descobrir, aprender, pôr em prática, “bater no vidro do lado de fora do aquário”. Cada item explicita o aprendizado sob o ponto de vista pessoal, tal qual um pesquisador em pleno campo, catalogando informações.

Isso não é ficção científica: é a realidade. Ou alguém ainda pensa que esta vasta Galáxia existe somente para nós, ‘humanóides’ e os “famosos” ETs, com suas fantasiosas alegorias de corpo verde e olhos grandes, estereotipada por nós mesmos, de nossa imaginação? Pois bem: duvidamos de vida inteligente além da nossa, ao ponto do Vazio se tornar algo tangível e espesso, esfumaçado, como um fino e delicado Véu, criando assim a dualidade.

Que sejam úteis, em algum momento da vida, as informações aqui listadas, como foi para mim. Fiquem na Luz, sempre, independentes, livres. 

Não quero que acreditem no que escrevo: quero que saibam. Que todos saibam.

Boa leitura.


[1] Livro Os Mensageiros, capítulo 49, de Francisco Cândido Xavier, ditado por André Luiz.

Máquina Divina...

Livro – OS MENSAGEIROS –  Psicografia de Francisco Cândido Xavier – Espírito André Luiz
Digitado por –Valeria Guida

"Não se passaram muitos minutos e estávamos ao lado do agonizante, cuja situação preocupava o clínico espiritual.

Era um cavalheiro de sessenta anos presumíveis, que a leucemia aniquilava morosamente.

-          Há muitos dias se encontra em coma – explicou o facultativo -, mas temos necessidade de mais forte auxílio magnético, para facilitar o desprendimento.

No aposento, além de duas senhoras desencarnadas – a mãe do agonizante e uma parente próxima -, viam-se familiares encarnados, dando mostras de grande aflição.

Nosso orientador examinou o enfermo detidamente e sentenciou:

-          Nada resta senão a necessidade de concurso para o desligamento final.

Aniceto, a seguir, recomendou observássemos o moribundo com atenção.
Concentrando todas as minhas possibilidades, fixei o enfermo preste a desencarnar. Notei, com minúcias, que a alma se retirava lentamente através de pontos orgânicos insulados. Assombrado, verifiquei que, bem no centro do crânio, havia um foco de luz mortiça, candelabro aceso às ondulações brandas do vento. Enchia toda a região encefálica, despertando-me profunda admiração.

-          A luz que você observa – disse o instrutor amigo – é a mente. Para cuja definição essencial não temos, por agora, conceituação humana.

Notando minha estranheza, Aniceto colocou-me a destra na fronte, transmitindo-me vigoroso influxo magnético, e acentuou:

-          Repare a máquina divina do homem, o tabernáculo sagrado que o Senhor permitiu se formasse na Terra para sublime habitação temporária do espírito. Agora, André, não está você diante duma demonstração anatômica da ciência terrestre, examinando carne morta e músculos enrijecidos. Observe agora! O olho mortal não poderá contemplar o que se encontra à sua vista neste instante. O microscópio é ainda pobre, não obstante representar uma nobre conquista para a limitada visão humana.

A cooperação magnética do querido mentor modificara a cena e fui compelido a concentrar todas as minhas energias, a fim de não inutilizar a observação pelo golpe do espanto.

A luz mental, embora fosca, tornara-se mais nítida e o corpo do moribundo agigantou-se, oferecendo-me espetáculo surpreendente aos olhos ansiosos. Parecia-me o corpo, agora, maravilhosa usina nos mais íntimos detalhes. O quadro científico era simplesmente estupefativo. Identificava, em grandes proporções, os nove sistemas de órgãos da máquina humana; o arcabouço ósseo, a musculatura, a circulação sanguínea, o aparelho de purificação do sangue consubstanciado nos pulmões e nos rins, o sistema linfático, o maquinismo digestivo, o sistema nervoso, as glândulas hormonais e os órgãos dos sentidos. Tal revelação histológica era diferente de tudo que eu poderia sonhar nos meus trabalhos de medicina. A circulação do sangue semelhava-se a movimento de canais vitalizadores daquele pequeno mundo de ossos, carne, água e resíduos. Milhões de organismos microscópicos iam e vinham na corrente empobrecida de glóbulos vermelhos. Presenciava a passagem de formas esquisitas, à maneira de minúsculas embarcações carregadas de bactérias mortíferas. Elementos maiores da flora microbiana transformavam-se em pequeninos barcos hospedando feras minúsculas, às centenas. Invadiam todos os núcleos organizados. Os órgãos, como os pulmões, o fígado e os rins, estavam sendo assaltados irremediavelmente, por incalculável quantidade de sabotadores infinitesimais. E à medida que se consolidavam os micróbios invasores, em determinadas regiões celulares, alguma coisa se destacava, lentamente, da zona atacada, como se um molde sempre novo fosse expulso da forma gasta e envelhecida, reconhecendo eu, desse modo, que a desencarnação se operava através de processo parcial, facultando-me ilações preciosas. Reparei que algumas glândulas faziam desesperado esforço para enviar aos centros invadidos determinadas porções de hormônios, que eram incontinenti absorvidos pelos elementos letais. O plasma sanguíneo figurava-se líquido estranho e gangrenoso.

Pela excessiva movimentação da onda mental, observei que o moribundo tentava readquirir a direção dos fenômenos orgânicos, mas em vão. Todos os complexos celulares atritavam entre si e as bactérias pareciam gozar o direito de multiplicação crescente e festiva.

-          Está vendo a máquina divina, formada pelo molde espiritual preexistente? – perguntou Aniceto, compreendendo-me a profunda admiração. O corpo do homem encarnado é um tabernáculo e uma bênção. Nesta hecatombe angustiosa de uma existência, pode você reparar que todos os movimentos do corpo estão subordinados à administração da mente. O organismo vivo, André, representa uma conquista laboriosa da Humanidade terrestre, no quadro de concessões do Eterno Pai. Pode você, agora, identificar os movimentos da matéria viva. Cada órgão é um departamento autônomo na esfera celular, subordinado ao pensamento do homem. Cada glândula é um centro de serviços ativos.há muita afinidade entre o corpo físico e a máquina moderna. São ambos impulsionados pela carga de combustível, com a diferença de que no homem a combustão química obedece ao senso espiritual que dirige a vida organizada. É na mente que temos o governo dessa usina maravilhosa. Não possuímos, aí, tão somente o caráter, a razão, a memória, a direção, o equilíbrio, o entendimento; mas, também, o controle de todos os fenômenos da expressão corpórea. Na sede mental e, conseqüentemente, no cérebro, temos todos os registros de distribuição dos princípios vitais aos núcleos celulares, inclusive a água e o açúcar. Os centros metabólicos são grandes oficinas de trabalho incessante. A mente humana, ainda que indefinível pela conceituação científica limitada, na Terra, é o centro de toda manifestação vital no planeta. Cada órgão, cada glândula, meu amigo, integra o quadro de serviço da máquina sublime, construída no molde sutil do corpo espiritual preexistente e, por isso mesmo, chegará o tempo em que a ciência reconhecerá qualquer abuso do homem como ofensa causada a si mesmo. A usina humana é repositória de forças elétricas de alto teor construtivo ou destrutivo. Cada célula é minúsculo motor, trabalhando ao impulso mental.

Aniceto calou-se por momentos, e, enquanto eu via, aterrado, os mais estranhos fenômenos microbianos no corpo do moribundo, volveu ele à palavra educativa:

-          Vemos aqui um irmão no momento da retirada. Repare a incapacidade dele para governar as células em conflito. A corrente sanguínea transformou-se em veículo de invasores mortíferos, que não encontraram qualquer fortificação na defensiva. Observe e identificará milhões de unidades da tuberculose, da lepra, da difteria, do câncer, que até agora estavam contidos nos porões da atividade fisiológica, pela defesa organizada, e que se multiplicam assustadoramente, de par com outros micróbios tão prolíferos quão terríveis. A nutrição foi interrompida. Não há possibilidade de novos suprimentos hormonais. O agonizante retrai-se aos poucos e ainda não abandonou totalmente a carne, por falta de educação mental. Vê-se pelo excesso de intemperança das células, sobre as quais não exerce nem mesmo um controle parcial,que este homem viveu bem distante da disciplina de si mesmo. Seus elementos fisiológicos são demasiadamente impulsivos, atendendo muito mais ao instinto que ao movimento da razão concentrada. A falar verdade, este nosso amigo não se está desencarnando, está sendo expulso da divina máquina, onde, pelo que vemos, não parece ter prezado bastante os sublimes dons de Deus."

Em breve...